Arquivo Fotográfico
Fotografia produzida na casa fotográfica Adelino P. Cunha, Viseu.
Dimensões do cartão: 15 x 11,1 cm.
Finais do século XIX, inícios do século XX.
© Rua Onze . Blog
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Aki ó-matsu Hito ó-mayowasu Momiji-kana!...
Aki ó-matsu Hito ó-mayowasu Momiji-kana!...
Fotografia produzida na casa fotográfica Adelino P. Cunha, Viseu.
Dimensões do cartão: 15 x 11,1 cm.
Finais do século XIX, inícios do século XX.
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Carta do Serviço Nacional do Reino enviada de São Pedro do Sul para Viseu, em 2 de Outubro de 1843.
Sem indicação de porte.
Marcas de água no papel: Riomaior e Pezo.
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Vizeu Cava de Viriato
Bilhete postal do início do século XX.
Edição da Tabacaria Costa - Viseu.
"Vizeu tem direito a ser uma terra de turismo, e estou convencido de que o será, desde que se torne conhecida. Já é regularmente servida de comboios, tem um Hotel que nada deixa a desejar, e oferece á curiosidade do forasteiro, para o entreter durante horas, lindos aspectos da natureza, e raros objectos d'Arte.
Vamos de corrida a Fontello, onde ha uma opulenta mata de castanheiros, e um trecho de jardim, que para ser encantador não precisa senão de alguns cuidados inteligentes, entregue a quem tenha pelas flores o culto que elas merecem. E ainda de corrida vamos de romagem á Cava do Viriato, um legendario barbaças que fez proezas na Beira, ha muitos seculos, ainda o Cristo não era nascido, e bivacou aqui, dizem as cronicas, sempre vencedor contra os romanos, que o fizeram matar á traição, peitando homens da sua entourage. Hoje a Cava, de forma polygonal, é propriedade de varias gentes, uma especie de grande horta com moradias, cheia de milho, feijão, couves... e tradições. Subsistem tres lados apenas do octogono primitivo, um deles convertido em larga Avenida, cheia de sombra, [sic] que as árvores d'um lado e outro, muito altas e muito frondosas, tocam se [sic] formando abobada."
in Brito Camacho (1862-1934), Jornadas (1927).
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Vizeu Asilo de Mendicidade Viscondessa de S. Caetano
Bilhete postal do início do século XX.
Edição da Tabacaria Costa - Viseu.
"Não me dispenso de vêr a Malakof, anexo do Hotel Mabilia, onde passei os meus primeiros dias, onde dormi as minhas primeiras noites de Vizeu. Era de correr a janela do meu quarto, e d'uma vez, tendo corrido de mais, caiu em cima d'um [sic] rapariga que estava sentada cá em baixo, na rua, fazendo-lhe uma brecha na cabeça... Estou a ver, como n'um cinema, a minha fita de Vizeu, e se não sinto grandes saudades do tempo que aqui passei [desterrado durante a Monarquia], um ano, tambem não recordo com amargura este periodo da minha vida.
Vão passados tantos anos!
Dos meus companheiros do Gremio já morreram todos ou quasi todos que tinham filhos casadoiros no tempo em que aqui estive, e a muitos me prendiam estreitos laços de estima.
Se ainda viverá a Batatinha?
Era uma costureirita morena, d'olhos pretos, as faces sempre rosadas, a boca bem talhada, circumscripta por uns labios carnosos, que apetecia morder. Ficava-lhe admiravelmente uma penugem que lhe sombreava o labio superior, e tinha-se a impressão, apalpando-os com os olhos, de que os seus peitos, como os da Sulamita, eram cabritinhos montezes, saltando n'um campo de assucenas, o focinho vermelho como pingos de carmim."
in Brito Camacho (1862-1934), Jornadas (1927).
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VISEU – PORTUGAL Vista geral da cidade Vue Générale de la ville
Bilhete postal circulado de Viseu para Oeiras, em Agosto de 1931.
Edição da Comissão de Iniciativa e Turismo.
"Excelente a cozinha do Hotel, mesmo levando em conta que a fome é o melhor aperitivo, além de ser um tempêro de primeira ordem. Servem-nos vinhos da região, tintos e brancos, dando eu preferencia ao branco, de Vila Meã – talvez por ter visto plantar a vinha respectiva, andava o dr. Pedro dos Santos nos seus primeiros ensaios de lavrador.
No Casino, de fundação recente, um sexteto de meninas francesas entretem os serões de quem gosta de musica, estando no á vontade das casas onde se paga o que se consome. No meu tempo, ha vinte anos, as noites quentes passavam se no Rocio, onde ás quintas e domingos tocava a banda regimental, e as noites frias passávam se no Gremio, a conversarem uns, a jogarem outros, salvo quando havia espectaculo no elegante teatrinho da Casa."
in Brito Camacho (1862-1934), Jornadas (1927).
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Vizeu Hotel Portugal
Bilhete postal do início do século XX.
Edição da Tabacaria Costa - Viseu.
"Amigos dedicados, que são ao mesmo tempo correligionarios prestimosos, esperam-me na Estação e levam me para o Grande Hotel, num bairro novo da cidade.
Manuel Casimiro, o glorioso artista tauromaquico, tendo passado a mocidade a lidar touros, resolveu passar a velhice a tratar hospedes. Talvez não seja mais lucrativo, mas é com certeza menos perigoso, embora certos hospedes sejam más rezes, sem alusão grosseiraás virtudes conjugaes. Um fidalgo, lembrou-se de construir uma bela casa para Hotel, e logo Manuel Casimiro se meteu a hoteleiro, desembaraçado e solerte como ha trinta anos atraz.
Muita gente, ao que por ahi se diz, não visita a Provincia porque ela, duma fórma geral, não lhe oferece os indispensaveis comodos de alojamento, para alguns dias ou para algumas horas. Os hoteis, fóra de Lisboa e Porto, são por via de regra maus, alguns são positivamente horríveis, estalagens em que tudo falta – a não ser o pecevejo no verão, e a pulga em todas as estações.
Pois Vizeu tem hoje um magnifico hotel, o Grande Hotel, em que o touriste encontra tudo quanto lhe é permitido desejar fóra de sua casa – se é que em sua casa tem o conforto das instalações modernas, que servem de casulo á burguezia dinheirosa. Quartos amplos, de janelas bem rasgadas, uma mobilia singela, de fabricação local, graciosa e leve, e os leitos á vontade do freguez, quanto ao colchão, sendo preferiveis os de arame, para gente casada, por causa do resalto, que é uma força a aproveitar."
in Brito Camacho (1862-1934), Jornadas (1927).
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Vizeu Vista Parcial
Bilhete postal do início do século XX.
Edição da Tabacaria Costa - Viseu.
"Paisagem conhecida, a que vou observando, mas apezar d'isso interessante, porque o acidentado do terreno, interrompendo a cada passo o scenario, é como uma fita cinematografica desenrolando-se em plena luz. Muitos pinheiros nas encostas, placas de milho nos vales, arvores de fructo por toda a parte, e as cegonhas molhando o bico em fontes toscas, ou pegos minusculos que forma o rio, para fornecerem agua de rega. Recorta-se no horisonte, á esquerda, o Caramulo, de pincaros atrevidos, e vê-se á direita o macisso da Serra da Estrela, em que o Jorge Nunes, afincando a vista, quer por força vêr neve. Na maior parte das estações o movimento é zero, não entram nem saem passageiros, não se carregam nem se descarregam mercadorias, e não me lembro de ter visto nas estradas poeirentas, em muito bom estado de conservação, rodarem carros ou automoveis.
Lentamente se arrasta o comboio, mas como se vai arrastando sempre, acabará por chegar ao destino.
E assim foi que tendo deixado Lisboa pela manhã, ás quatro horas da tarde chegamos a Vizeu, com um calor de rachar."
in Brito Camacho (1862-1934), Jornadas (1927).
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Vizeu Largo Major Teles
Bilhete postal do início do século XX.
Edição da Tabacaria Costa - Viseu.
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