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Rua Onze . Blog

Aki ó-matsu Hito ó-mayowasu Momiji-kana!...

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Aki ó-matsu Hito ó-mayowasu Momiji-kana!...

Literatura Colonial Portuguesa

blogdaruanove, 05.02.10

 

Gastão Sousa Dias (1887-1955), África Portentosa (1926).

Ilustração para a capa de Tagarro (José Tagarro, 1902?-1931).

 

Autor de algumas dezenas de livros sobre África, essencialmente sobre a administração, a história e a política ultramarina, temáticas que Gastão de Sousa Dias legou-nos também algumas crónicas que bem evidenciam a sua capacidade literária, particularmente no relato de viagens e na descrição de territórios africanos.

 

Neste volume, que foi galardoado com o prémio do primeiro Concurso de Literatura Colonial, promovido pela Agência Geral das Colónias, essa característica é exemplificada nos capítulos intitulados Notas de Viagem, Nos Areais de Mossâmedes e Crónicas Africanas.

 

Aí se encontram páginas literárias de grande fluência e entusiasmo, descrevendo de forma singular as terras de Huíla e do sul de Angola, da Damaralândia e do Namibe, bem como os hábitos de caçadores, carreiros e agricultores dessas regiões.

 

Transcreve-se de seguida um pequeno excerto, um parágrafo, de Nos Areais de Mossâmedes:

 

"Somos ao todo uns vinte caçadores e nem uma palavra se aventura, todos dominados pela impressão estranha da ausência de vida, da escuridão, da planura rasa e negra sôbre que voamos. Nem o vulto duma planta, nem o vulto duma pedra! Marchamos por sobre uma superfície absolutamente plana, onde há a certeza de não encontrar senão areia compacta e firme, numa extensão de que não saberíamos dizer a profundidade. A vida deve ter morrido neste areal desolado e, não obstante irmos todos levados pelo desígnio de caçar, no nosso espírito forma-se a incredulidade de que seja possível encontrar um único ser da criação. Devoramos quilómetros. Uma pressa nervosa se apoderou dos chauffeurs. Dir-se ia que temos receio de perder um espectáculo de passageira duração."

 

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Capas & Companhia

blogdaruanove, 03.02.10

 

Ilustração de Martins Barata (Jaime Martins Barata, 1899-1970) para a capa da peça em um acto Flores do Campo (1926), de Braamcamp de Barahona (José Manuel Braamcamp de Barahona Fragoso, 1887-1963).

 

Em apêndice, este volume apresenta as pautas das músicas Canção Amor Eterno, Canção Flor da Laranjeira e Fado da Agonia.

 

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