Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Rua Onze . Blog

Aki ó-matsu Hito ó-mayowasu Momiji-kana!...

Rua Onze . Blog

Aki ó-matsu Hito ó-mayowasu Momiji-kana!...

A Dança Judenga (LXXIX)

blogdaruanove, 08.10.09

 

 

   Só quando a noite vier,

   Por mal dos delirios seus,

   É que então esta mulher

   Irá offertar a Deus

   O que o diabo não quer!

 

Raimundo António de Bulhão Pato (1829-1912), A Dança Judenga (1901).

 

 

© Rua Onze . Blog

A Dança Judenga (LXXVIII)

blogdaruanove, 07.10.09

 

 

   Rompe por quanto ha sagrado,

   Dando-lhe o furor do vicio...

   Que exemplo tão desgraçado!

   Na estrada do maleficio

   Deixa um rastro ensanguentado!

 

Raimundo António de Bulhão Pato (1829-1912), A Dança Judenga (1901).

 

 

© Rua Onze . Blog

A Dança Judenga (LXXVII)

blogdaruanove, 06.10.09

 

   Sorrindo cospe veneno!

   Morde, enrosca-se, serpeia...

   O olhar, entre casto e obsceno,

   Tem encantos de Medéa,

   Que arrasam um lar sereno!

 

Raimundo António de Bulhão Pato (1829-1912), A Dança Judenga (1901).

 

 

© Rua Onze . Blog

A Dança Judenga (LXXVI)

blogdaruanove, 05.10.09

 

 

   No engelhado coração

   Não teve nunca uma aurora!

   Nem na maternal paixão

   Uma sombra creadora,

   Sol dos filhos em botão!

 

Raimundo António de Bulhão Pato (1829-1912), A Dança Judenga (1901).

 

 

© Rua Onze . Blog

A Dança Judenga (LXXV)

blogdaruanove, 02.10.09

 

 

   Vive Deus!... E Deus sómente

   É que pode perdoar

   Á Venus-vaga insolente,

   Que é, da rua ao proprio lar,

   Ludibrio de toda a gente!

 

Raimundo António de Bulhão Pato (1829-1912), A Dança Judenga (1901).

 

 

© Rua Onze . Blog

A Dança Judenga (LXXIV)

blogdaruanove, 01.10.09

 

 

   Que finura de perfil!

   Que fulva cabeça... erguida,

   Como se ergue o sol d'abril!

   Turgido o seio de vida,

   Cinta quebrada e flexil!

 

Raimundo António de Bulhão Pato (1829-1912), A Dança Judenga (1901).

 

 

© Rua Onze . Blog

A Dança Judenga (LXXIII)

blogdaruanove, 30.09.09

 

 

   Repara... Não vês aquella,

   Que, na elegancia e no porte,

   Tem o fuzilar da estrella

   Num ceu varrido do norte?

   Sonhaste mulher tão bella?!...

 

Raimundo António de Bulhão Pato (1829-1912), A Dança Judenga (1901).

 

 

© Rua Onze . Blog

A Dança Judenga (LXXII)

blogdaruanove, 29.09.09

 

 

   Agora tenham-lhe mão!...

   Escreve em tal portuguez,

   Que até um sabio allemão

   Diz ser lingua de maltez,

   Ou lingua de tetuão!

 

Raimundo António de Bulhão Pato (1829-1912), A Dança Judenga (1901).

 

 

© Rua Onze . Blog

A Dança Judenga (LXXI)

blogdaruanove, 28.09.09

 

 

   D'um que outro sabio convicto

   Foi-se a mendigar esportulas,

   E, barafustando afflicto,

   Deu vasão – rufando as rotulas –

   Ao seu tenesmo erudito!

 

Raimundo António de Bulhão Pato (1829-1912), A Dança Judenga (1901).

 

 

© Rua Onze . Blog

A Dança Judenga (LXX)

blogdaruanove, 25.09.09

 

 

   Não podendo architectar

   Um livro, em qualquer formato,

   Entrou a parafuzar,

   E disse comsigo: – Tato!...

   Em critico é que eu vou dar!

 

Raimundo António de Bulhão Pato (1829-1912), A Dança Judenga (1901).

 

 

© Rua Onze . Blog