A Dança Judenga (LXXIX)
Só quando a noite vier,
Por mal dos delirios seus,
É que então esta mulher
Irá offertar a Deus
O que o diabo não quer!
Raimundo António de Bulhão Pato (1829-1912), A Dança Judenga (1901).
© Rua Onze . Blog
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Aki ó-matsu Hito ó-mayowasu Momiji-kana!...
Aki ó-matsu Hito ó-mayowasu Momiji-kana!...
Só quando a noite vier,
Por mal dos delirios seus,
É que então esta mulher
Irá offertar a Deus
O que o diabo não quer!
Raimundo António de Bulhão Pato (1829-1912), A Dança Judenga (1901).
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Rompe por quanto ha sagrado,
Dando-lhe o furor do vicio...
Que exemplo tão desgraçado!
Na estrada do maleficio
Deixa um rastro ensanguentado!
Raimundo António de Bulhão Pato (1829-1912), A Dança Judenga (1901).
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Sorrindo cospe veneno!
Morde, enrosca-se, serpeia...
O olhar, entre casto e obsceno,
Tem encantos de Medéa,
Que arrasam um lar sereno!
Raimundo António de Bulhão Pato (1829-1912), A Dança Judenga (1901).
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No engelhado coração
Não teve nunca uma aurora!
Nem na maternal paixão
Uma sombra creadora,
Sol dos filhos em botão!
Raimundo António de Bulhão Pato (1829-1912), A Dança Judenga (1901).
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Vive Deus!... E Deus sómente
É que pode perdoar
Á Venus-vaga insolente,
Que é, da rua ao proprio lar,
Ludibrio de toda a gente!
Raimundo António de Bulhão Pato (1829-1912), A Dança Judenga (1901).
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Que finura de perfil!
Que fulva cabeça... erguida,
Como se ergue o sol d'abril!
Turgido o seio de vida,
Cinta quebrada e flexil!
Raimundo António de Bulhão Pato (1829-1912), A Dança Judenga (1901).
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Repara... Não vês aquella,
Que, na elegancia e no porte,
Tem o fuzilar da estrella
Num ceu varrido do norte?
Sonhaste mulher tão bella?!...
Raimundo António de Bulhão Pato (1829-1912), A Dança Judenga (1901).
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Agora tenham-lhe mão!...
Escreve em tal portuguez,
Que até um sabio allemão
Diz ser lingua de maltez,
Ou lingua de tetuão!
Raimundo António de Bulhão Pato (1829-1912), A Dança Judenga (1901).
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D'um que outro sabio convicto
Foi-se a mendigar esportulas,
E, barafustando afflicto,
Deu vasão – rufando as rotulas –
Ao seu tenesmo erudito!
Raimundo António de Bulhão Pato (1829-1912), A Dança Judenga (1901).
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Não podendo architectar
Um livro, em qualquer formato,
Entrou a parafuzar,
E disse comsigo: – Tato!...
Em critico é que eu vou dar!
Raimundo António de Bulhão Pato (1829-1912), A Dança Judenga (1901).
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