Japonisme, Chinoiserie & Cie.
Capa e contracapa da edição francesa (Tours, 1889) de Joseph Saule, "imité de l'allemand par Marcelle de Saint-Edme [datas desconhecidas]".
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Aki ó-matsu Hito ó-mayowasu Momiji-kana!...
Aki ó-matsu Hito ó-mayowasu Momiji-kana!...
Capa e contracapa da edição francesa (Tours, 1889) de Joseph Saule, "imité de l'allemand par Marcelle de Saint-Edme [datas desconhecidas]".
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"Tendo chegado a Kobe, onde ha dois dias, mesmo fundeados, apanhámos muito mau tempo, mas sem consequencias funestas, quero mandar-te noticias minhas, ainda que falte o tempo para uma longa carta.
Passo regularmente; a viagem tem-me fatigado, mais nada.
Kobe é uma importante cidade japoneza, linda como tudo o que é japonez; as suas curiosidades são carissimas, e não chegam á minha bolsa; jarras, por exemplo, de um e dois contos de reis cada uma!... São só para principes.
Tenho-me limitado a dar alguns passeios, e ha coisas realmente admiraveis. Uma informação de uns antigos parentes: em Nagazaki esteve comnosco um navio brazileiro; disseram-me que o Guilhobel [José Cândido Guilhobel] está no Rio, é casado e tem 3 filhos; e é um dos officiaes mais distinctos da marinha brazileira."
Excertos de uma carta endereçada a sua irmã Francisca Adriana Palmira (datas desconhecidas), enviada de Kobe e datada de 22 de Agosto de 1889.
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Bilhete postal do primeiro quartel do século XX representando uma das danças tradicionais efectuadas durante a coroação do imperador do Japão.
"Estou no Japão, como vês; ratices d'estas, (refiro-me ao papel), só aqui se encontram. Recebi em Nagazaki muitas cartas tuas e uma da Emilia com o retrato da filha; seria impossivel responder a tudo por junto, e vou-me referir aos pontos principais.
(...)
Para te falar do Japão, dir-te-hei que, pelo que por ora conheço, acho-o lindo, encantador. Aqui passaria feliz o resto dos meus dias. Veremos o resto, Kobe e Yokohama, que ainda devemos visitar.
Que linda vegetação! que adoraveis passeios! que gente tão agradavel! que mulheres tão sympathicas! terra para gente nova, feliz e endinheirada, esta Nagazaki. Os costumes são dos mais estranhos: – quando se entra em casa, deixão-se os sapatos á porta; nas casas não ha mobilia, e só esteiras sobre que a gente se senta; nos quartos de banho publicos homens e mulheres tomam o seu banho á vista de quem passa... e sem sombra de camisola!... etc., etc.; é conversa isto do Japão, para quando nos tornarmos a vêr.
Continuarei sempre escrevendo; estou regularmente de saude, e nada mais ha a contar-te"
Excertos de uma carta endereçada a sua irmã Francisca Adriana Palmira (datas desconhecidas), enviada de Nagasaki e datada de 9 de Agosto de 1889.
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