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Apesar de tudo isto, a ordem do Celestial e Augusto tinha de ser obedecida e o trabalho dos moldadores concluído, embora o resultado pudesse voltar a ser decepcionante. A incandescência do metal, contudo, parecia mais branca e pura que antes, não havendo sinal do belo corpo que ali tinha sido sepultado. Por isso, o pesado molde foi feito. E, reparem bem, quando o metal esfriou, descobriu-se que o sino era belo de se ver, perfeito na forma e maravilhoso na cor. Mais do que qualquer outro sino. Não se encontrou nenhum vestígio do corpo de Ko-Ngai porque este havia sido completamente absorvido pela preciosa liga, e misturado com o latão e o ouro, a prata e o ferro, em perfeita combinação. Quando fizeram soar o sino, descobriu-se que os seus tons eram mais profundos, e mais doces, e mais poderosos, que os toques de qualquer outro sino. Ultrapassava mesmo a distância de cem li, ressoando como uma trovoada de verão e como uma vasta voz que pronunciava um nome, um nome de mulher, o nome de Ko-Ngai!
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