A Ilha do Fogo no Século XVIII (I)
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As erupções na Ilha do Fogo, em Cabo Verde, têm sido documentadas regularmente desde a descoberta oficial do arquipélago, no século XV. A partir do século XVIII os registos passaram a ser mais detalhados, permitindo assim o estabelecimento de uma historiografia fidedigna da actividade vulcânica na ilha.
Um desses relatos encontra-se na relação das Ilhas de Cabo Verde, escrita em 1783 por João da Silva Feijó (1760-1824), o qual também voltou a registar, pouco depois, os aspectos da erupção ocorrida a 24 de Janeiro de 1785.
Pelo seu interesse e por se tratar de um documento provavelmente contemporâneo dos relatos de Feijó, ou mesmo anterior, reproduzir-se-á durante esta semana um manuscrito incompleto, de quatro páginas, intitulado Discripção da Ilha do Fogo, aliás de S. Fellipe, de autor não identificado. Embora não apresente qualquer data, o documento será datável de 1769-1785, visto referir como mais recente a erupção de 1769 e não a de 1785.
Conforme se depreende da referência efectuada na primeira página, o manuscrito incluiria ainda uma ou várias plantas da ilha, que não foram localizadas ou identificadas. Registe-se que a marca de água do papel é de Nicolo Bruzzo.
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