Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Rua Onze . Blog

Aki ó-matsu Hito ó-mayowasu Momiji-kana!...

Rua Onze . Blog

Aki ó-matsu Hito ó-mayowasu Momiji-kana!...

Pierrefonds

blogdaruanove, 31.08.09

 

Fundada em 1903 pelo conde Charles Henri Olivier Hallez d'Arros (datas desconhecidas), a fábrica La Faïence Héraldique depressa passou a ser popularmente conhecida pelo nome da localidade francesa onde se situava - Pierrefonds.

 

Apesar da sua designação, a fábrica produziu peças em faiança mas também em grés, sendo estas últimas as que mais contribuiram para sua consagração. O fundo cromático predominante era um amarelo mostarda, a que se sobrepunham os famosos cristais azuis, mas também, com menor frequência, alguns cristais verdes.

 

Muito embora nem a modelagem das peças (são notáveis apenas uma ou duas dezenas delas) atinja a qualidade estética da fábrica Denbac, nem o controle de  distribuição e crescimento de microcristais atinja a perfeição da fábrica Sarreguemines, a fábrica Pierrefonds é considerada um expoente da cerâmica Art Nouveau de microcristais, sendo as suas peças avidamente coleccionadas hoje em dia.

 

A tendência decorativa Art Nouveau sucedeu a uma primeira abordagem de revivalismo histórico, no seguimento do movimento Historismus da segunda metade do século XIX, e foi adoptada na fábrica com a chegada do ceramista  Émile Bouillon (datas desconhecidas), em 1912, o qual veio a adquirir a fábrica em 1937. Entretanto, a empresa recebera já uma medalha de prata na Exposition des Arts Décoratifs de Paris, em 1925.

 

Atingindo o seu apogeu entre as duas grandes guerras, quando voltou a adoptar formas e modelos revivalistas, a fábrica de Pierrefonds, como muitas outras na Europa e na América,  começou a declinar no pós-guerra e acabou por encerrar em 1986.

 

Cf. um artigo técnico sobre a vitificação cerâmica com cristais em http://www.ceramicstoday.com/articles/hamer_crystals.htm.

 

 

© Rua Onze . Blog

A Dança Judenga (LI)

blogdaruanove, 31.08.09

 

 

   Ha vinte annos o Ideal

   Era – Justiça e Direito –

   Tudo em letra garrafal!

   Que dizes – do frio leito –

   Meu pobre e grande Quental?!...

 

Raimundo António de Bulhão Pato (1829-1912), A Dança Judenga (1901).

 

 

© Rua Onze . Blog