Charadas - Terras de Portugal (I)
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Aki ó-matsu Hito ó-mayowasu Momiji-kana!...
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23 – Um trecho do Lago – Caldas da Rainha – Portugal
Bilhete postal circulado para o Caramujo, em Agosto de 1911.
Edição da Typ. e Pap. Dias & Paramos.
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Em simultâneo com as decorações mate em pasta de grés e com as célebres decorações Art Déco em faiança, onde era aplicada a técnica de esmaltagem cloisonné sobreposta a um craquelé artificial, a fábrica Boch Frères / Keramis produziu ainda decorações menos onerosas e mais conservadoras.
Foi o caso das decorações em esmalte escorrido, continuadoras das técnicas e do gosto do final do século XIX, que em parte replicavam de forma mais refinada uma certa tradição da olaria popular vidrada.
A tradição cromática oitocentista dos escorridos em verde de ferro ou vermelho de hematite, também praticada em Portugal pela Fábrica Bordalo Pinheiro e pela generalidade das fábricas das Caldas da Rainha, cedeu, contudo, à explosão de tons amarelos e verdes bem característicos da Art Déco, como os que se reproduzem.
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Cautela de seguro de Águeda para o correio do Porto, passada em 19 de Fevereiro de 1832.
Durante o período pré-filatélico, e nos primeiros anos que se seguiram à introdução em Portugal do selo postal, que ocorreu em 1853, não se utilizavam envelopes para fazer circular a correspondência.
O próprio papel em que a correspondência se escrevia era dobrado por forma a criar um documento fechado sobre si mesmo, sendo o sigilo do seu interior garantido com obreia ou lacre.
O procedimento de dobragem era habitualmente o seguinte - colocando a(s) folha(s) de papel ao alto, com o verso em branco, efectuava-se para o interior uma dobra em cada uma das margens laterais, seccionado-se depois o formato resultante em três partes.
A secção central exterior funcionava como face da carta, para indicação de endereços e aposição de obliterações, e as outras duas secções dobravam-se de maneira a encaixarem uma na outra e permitirem a colocação de obreia ou lacre na margem da sobreposição.
Cautela de seguro de Oliveira [de Azeméis?] para o correio do Porto, passada em 31 de Outubro de 1842.
Como já se referiu anteriormente, as condições de porte e transporte de correio sofreram alterações com a introdução do selo postal, pelo que se transcreve de seguida uma curiosa tabela sobre o transporte e entrega de correio em Portugal, no século XVIII, conforme informação da sexta impressão (1759) da Taboada Curiosa, de Joam Antonio Garrido (datas desconhecidas):
"Tres dias tarda huma carta em ir, e tornar desde Lisboa a Setubal, sem perder correyo: vão de Lisboa, sabbado, e terça feira, e tornão segunda, e sexta feira.
Sete dias tarda em ir, e tornar desde Lisboa a Alenquer, a Santarém, a Torresvedras, a Thomar, a Evora, a Elvas, e a Béja, pelo correyo.
Quatorze dias tardão as cartas em ir, e tornar desde Lisboa a Leiria, Coimbra, Aveiro, Fáro, Esgueira, Porto, Campo de Ourique, Algarve; Portalegre, e Viseo.
Vinte e hum dias tardão em ir, e tornar desde Lisboa a Guimarães, Moncorvo, Braga, Lamego, Guarda, Castel-Branco, Vianna do Minho, Pinhel, e Almeida.
Trinta dias em ir, e tornar desde Lisboa a Bragança, Chaves, Miranda, Monção, e Montealegre.
Na terça feira até o meyo dia se deitão as cartas no correyo de Lisboa para irem ao Alentejo, Algarve, e Andaluzia, e tornão em segunda feira.
No Sabbado de tarde se deitão as cartas, que vão para a Beira, e tornão em sesta feira.
Na terça feira se deitão no correyo para Hespanha, França, e Italia, e tornão em sesta feira.
Nestes dias determinados entrão, e sahem as cartas de Lisboa no tempo correspondente às suas distancias, como ja dissemos.
A mesma conta, que fizemos a todas as Comarcas do reyno, respeito de Lisboa, se póde fazer tambem a Lisboa, respeito de todas as Comarcas."
Cautela de seguro de Torres Novas para o correio de Lisboa, passada em 7 de Março de 1849.
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Os almanaques de princípio do século XX popularizaram as charadas, numa versão deste passatempo que combinava texto e imagem. Em Portugal, almanaques anuais como aqueles que eram publicados pelas editoras Aillaud & Lello e Bertrand reforçaram esta tradição, a qual foi também divulgada e consolidada por diversas revistas, como a ABC, Civilização, Ilustração e Ilustração Portuguesa, e se manteve bem enraizada até meados do século.
Na década de 1920 o jornal Diário de Notícias adaptou esta tradição aos concursos Terras de Portugal que, como seria de esperar, rapidamente conquistaram o público e atraíram novos leitores.
As ilustrações apresentadas foram expressamente criadas para esta iniciativa do DN, sendo algumas delas assinadas por A. Diniz (datas desconhecidas) e Alfredo de Moraes (1872-1971). Não se limitando às cidades e vilas do Continente, surgiram nas suas duas edições várias localidades dos Açores e da Madeira. Curiosamente, muitas da ilustrações insistiam na representação de automóveis em primeiro plano, o que, nalguns casos, servia para uma clara promoção publicitária da empresa FIAT.
Retomando a tradição destes passatempos, reproduzir-se-ão, a partir de hoje e ao longo das próximas semanas, as quarenta charadas ilustradas da segunda edição do concurso, que decorreu durante o ano de 1925.
A chave de cada charada será divulgada apenas depois de reproduzidas todas as ilustrações, mas entretanto irão sendo publicadas, sem comentários, todas as colaborações sugerindo a identificação de cada uma das localidades.
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Damas ouvem nos cenaculos –
Damas d'altas procedencias –
Os seus mysticos oraculos,
E vão ouvir indecencias,
Ás noites, nos espectaculos!
Raimundo António de Bulhão Pato (1829-1912), A Dança Judenga (1901).
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