Capas & Companhia
Capa de autor não identificado (A. M. L.) para Romance Branco (1927; segunda edição, 1934), de Aurora Jardim Aranha (1898-1988).
© Rua Onze . Blog
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Aki ó-matsu Hito ó-mayowasu Momiji-kana!...
Aki ó-matsu Hito ó-mayowasu Momiji-kana!...
Capa de autor não identificado (A. M. L.) para Romance Branco (1927; segunda edição, 1934), de Aurora Jardim Aranha (1898-1988).
© Rua Onze . Blog
Mais para ler
Fotografia produzida na casa Vidal & Fonsecas, Photographos da Casa Real, Calçada do Combro, 29 e Rua de Belver, 6, Lisboa.
Dimensões do cartão: 24 x 16 cm.
Inscrição manuscrita na frente: "Nini / 1908".
© Rua Onze . Blog
Mais para ler
Assim soara o grande sino todos os dias, durante quase quinhentos anos – Ko-Ngai. Primeiro com um estupendo clangor, depois com um incomensurável gemido dourado, seguido de um argentino murmurar – “Hiai”. Não há uma única criança em todos os coloridos caminhos da velha cidade Chinesa que não saiba a história do grande sino, que não saiba dizer por que é que o grande sino diz Ko-Ngai e Hiai!
Mais para ler
Bilhete postal autógrafo da Irmã Lúcia (1907-2005), vidente de Fátima, endereçado ao padre salesiano Umberto Pasquale (1906-1985). Sem data.
© Rua Onze . Blog
Mais para ler
César dos Santos (1907-1974), A Cidade das Mil Cores (1946).
Capa de Moura (datas desconhecidas).
Jornalista e escritor, César dos Santos (cf. outra nota acerca do autor em: http://blogdaruanove.blogs.sapo.pt/147000.html) cultivou particular gosto pelas crónicas sobre Lisboa, seguindo a tradição de Os Gatos (1889-1894), de Fialho de Almeida (1857-1911), que, aliás, cita com frequência, e acompanhando a prática do jornalista e seu contemporâneo Norberto de Araújo (1889-1952).
Em A Cidade das Mil Cores, o cronista ora descreve características da Lisboa das décadas de 1930 e 1940, ora discorre sobre os refugiados de guerra, ora se debruça sobre o quotidiano de algumas personagens peculiares, como os rapazitos que afluem ao Jardim da Estrela, Careca, Zanaga e Calçudo, sem dinheiro para pagar a entrada e se divertirem nos baloiços e bicicletas do recinto vedado.
Do texto que deu título ao volume, transcrevem-se três parágrafos:
"Lisboa é uma dessas cidades sem pompas monumentais ou artifícios de decorações sumptuosas, a que bastam as sugestões dos aspectos bizarros, o inédito de certos detalhes no conjunto magnífico dos seus dons naturais para as tornar bonitas e eternamente lembradas dos que, algum dia, se deliciaram a contemplá-las num olhar enternecido.
O que glorifica a nossa cidade e a torna apetecida é a profunda transparência do azul luminoso destes céus claros e tranquilos, a radiante alegria das meigas e doces claridades que esmaltam perspectivas jubilosas no cenário incomparável, a alada sinfonia de cores que alastra, como música visual, na translúcida placidez da atmosfera – é este Sol triunfal que faz remoçar a velha Lisboa, todas as manhãs, quando ela acorda numa gargalhada cristalina que se estilhaça no ar em vibrações sonoras, num coro aturdido de gritos, pregões e cantigas.
Essa orgia de luz, quando as colinas parece que escorrem oiro e rosários de pérolas vão a desfiar-se no torvelinho da branda ondulação do Tejo; esse deslumbramento de preciosas claridades, incidindo como ribalta descomunal no cenário imponente em que a prodigalidade do colorido exulta e ressalta na infinita gama de tons sobre as fachadas faiscando ao sol, inspiraram a um artista com alma de poeta esta soberba definição de Lisboa – a cidade das mil cores."
© Rua Onze . Blog
Mais para ler