Ukiyo-e
Detalhe de uma xilogravura ōban, de Kunichika Toyohara (1835-1900), produzida cerca de 1860.
Juntamente com o kakemono (o dobro deste tamanho, na vertical, mas com a mesma largura), o formato ōban (aproximadamente 39 x 26 cm.) foi o mais comum durante os séculos XVIII e XIX, período em que a gravura atingiu o seu auge e foi a expressão favorita de inúmeros artistas japoneses, muitos deles aclamados hoje universalmente pela sua notável mestria, quer a nível técnico quer a nível composicional.
O termo ukiyo-e (literalmente, imagens do mundo flutuante, um mundo evanescente e idílico afastado das agruras da vida real) designa de uma maneira genérica todas as imagens (gravuras e pinturas) que traduzem o quotidiano nipónico entre os séculos XVII e XX, mas também as suas lendas, as suas paisagens e as tradições japonesas anteriores à ocidentalização.
Nesta gravura, note-se a expressividade dos olhos do samurai, característica bem patente e largamente divulgada ainda hoje nos manga, revistas de quadradinhos, e desenhos animados de origem japonesa.
Para um pequeno texto sobre este último aspecto consulte: http://blogdaruanove.blogs.sapo.pt/67314.html.
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